Ação reforça a importância de cuidados especializados no nascimento para proteger a vida e o desenvolvimento dos recém-nascidos
A campanha Setembro Verde Esperança, idealizada pela pediatra e neonatologista Mariana Dizotti, cofundadora do Instituto Salvando Futuros, chega à sua 6ª edição para sensibilizar a sociedade e profissionais de saúde sobre a asfixia perinatal, condição que atinge cerca de 20 mil recém-nascidos por ano no Brasil. Entre dois e três bebês por hora nascem com falta de oxigênio no cérebro, risco que pode levar à morte ou causar sequelas graves, como paralisia cerebral, déficits cognitivos, cegueira e surdez. Globalmente, a asfixia perinatal é a terceira principal causa de mortalidade neonatal.
Todos os dias, famílias enfrentam na UTI neonatal a difícil realidade de bebês que chegam ao mundo com falta de oxigênio. “O choro do bebê é o primeiro sinal de que ele está recebendo oxigênio suficiente, mas, em alguns casos, os sinais se manifestam com ele nascendo molinho, sem tônus muscular, pálido, com dificuldade de se recuperar e nota baixa na escala de Apgar. Nesses casos, equipes preparadas devem agir rapidamente, iniciando reanimação e cuidados intensivos”, alerta Dra. Mariana.
Ela explica que a asfixia perinatal acontece quando o bebê não recebe oxigênio suficiente antes, durante ou logo após o nascimento. Essa falta de oxigênio pode causar um episódio hipóxico-isquêmico, que é o momento em que o cérebro e outros órgãos não recebem oxigênio e sangue suficientes para funcionar corretamente. Em outras palavras, todo episódio hipóxico-isquêmico é consequência da asfixia perinatal, e é nesse período que o bebê corre risco de sofrer danos neurológicos permanentes ou outros problemas de saúde.
Protocolos e tratamentos pouco difundidos
Mesmo diante de um cenário tão desafiador, já existem tratamentos eficazes e protocolos bem estabelecidos para cuidar de recém-nascidos com asfixia perinatal. “No entanto, menos de 5% dessas crianças têm acesso a esses recursos. Os métodos considerados padrão-ouro para tratamento da asfixia perinatal são a hipotermia terapêutica, com redução da temperatura corporal dos bebês por 72 horas e monitoramento cerebral contínuo, que podem garantir até 65% de chance de uma vida normal”, ressalta a neonatologista.
“É por isso que eu idealizei esta campanha. Queremos que a sociedade saiba que, se um bebê não nascer bem, ele pode receber um tratamento adequado, se houver profissionais preparados e protocolos estabelecidos para lidar com a asfixia perinatal.” afirma, Dra. Mariana.
Pilares da campanha “Setembro Verde Esperança”
A campanha “Setembro Verde Esperança”, com o lema “Eu Respiro a Vida” tem o objetivo de transformar a esperança em prática, levando informação, mobilização e cuidado para que cada bebê tenha a chance de sobreviver e se desenvolver plenamente. Para isso, a ação se baseia em quatro pilares essenciais
1º Garantir um pré-natal de qualidade, com acompanhamento médico e identificação de riscos
2º Assegurar assistência especializada no nascimento, com equipes treinadas para reanimação neonatal
3º Oferecer cuidados avançados em UTIs, como monitoramento cerebral, hipotermia terapêutica e suporte multidisciplinar
4º Manter o acompanhamento pós-alta, com reabilitação e avaliações periódicas para favorecer o desenvolvimento saudável do bebê.
‘Informação é o melhor que a gente pode passar. Nossa luta é para que os bebês tenham assistência adequada em qualquer lugar onde tenham nascido. Precisamos disseminar boas informações para garantir uma melhor qualidade de vida desde o pré-natal até o pós-parto’, reforça Mariana Dizotti.”
Mobilização nacional
O Setembro Verde Esperança integra o calendário municipal de São Paulo como mês de conscientização e inclusão social. Por meio da Lei nº 18.028/2023, de autoria do vereador Marcelo Messias (MDB), a primeira semana de setembro foi instituída como a Semana de Prevenção da Asfixia Perinatal, consolidando a campanha como uma referência para mobilização, educação e sensibilização sobre a temática.
Para unir vozes em prol da causa, toda a sociedade é convidada a participar da campanha, que já contou com o apoio de personalidades como Wanessa Camargo, Daniel, Thaeme e Thelminha. Através de postagens com a hashtag #EuRespiroaVida e da iluminação de pontos emblemáticos, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Theatro Municipal, em São Paulo, e o Teatro Amazonas, em Manaus, a campanha reforça sua mensagem e incentiva o engajamento de todos na conscientização sobre a asfixia perinatal.
Neste ano, o Edifício Matarazzo (sede da prefeitura), a Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada), o Viaduto do Chá e a Biblioteca Mário de Andrade são alguns dos locais que receberão a iluminação verde da campanha.
Sobre a Dra. Mariana Dizotti
Médica pediatra e neonatologista, Mariana Dizotti é diretora médica da Clínica PBSF e do Instituto Salvando Futuros, instrutora do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria e idealizadora da campanha Setembro Verde Esperança.
Sobre o Instituto Salvando Futuros
O Instituto atua na prevenção da asfixia perinatal, oferecendo educação, pesquisas e apoio a famílias e profissionais de saúde, promovendo protocolos de cuidado neonatal para garantir vida e desenvolvimento saudáveis desde o nascimento.
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